O tempo passa e o estilo se afina.
Com ela, descobrimos que maturidade não é rigidez. É fluidez, clareza, e uma elegância que começa de dentro para fora. Camila caminha com o olhar de quem já aprendeu a se vestir de si mesma. Ela transforma a maturidade em força e a palavra, em ponte.
Nossa nova edição do Who’s That Girl? é sobre isso: o tempo que transforma, o vestir que representa, e a presença como escolha. Um retrato sensível em movimento, onde cada escolha ecoa uma história.
A seguir uma breve entrevista sobre viagens, lembranças e aprendizados.
P: Como você costuma programar as suas viagens? Você planeja muito?
Camila: Eu acho que com o tempo eu passei a programar menos as viagens. Eu era muito mais controladora da viagem antes. Sabe aquela ansiedade de “eu tenho que fazer tudo, tenho que conhecer tudo”?
P: Você segue alguma lógica ou método para montar a mala agora? Tipo cápsula, ou por looks?
Camila: Antes eu levava muita coisa e hoje eu sou prática. Eu gosto de pensar em peças curingas que se conversem. Você vai ficando muito proprietária de você mesma assim, não só do que você gosta em termos de estilo, mas como pessoa.
P: Você lembra de alguma compra marcante que fez em alguma viagem? Algo que tenha virado parte da experiência?
Camila: Na época era aquele discman. E eu, quando cheguei em Londres eu comprei um disco de uma banda que eu estava louca para conhecer e cara, eu escutei aquele disco a viagem inteira. O cara se chama Finley Quaye.
P: Você tinha ou tem o costume de colecionar alguma coisa em viagens?
Camila: Eu tive uma época de ímã de geladeira. Para onde eu ia eu trazia um ímã de geladeira.
P: Tem algum destino que você ainda não foi e sonha em conhecer?
Camila: Ai, eu queria muito ir para a Islândia. Queria alugar um motorhomezinho e fazer a Islândia.
P: O que você aprendeu com a maturidade?
Camila: Mulher não tem data de validade por causa da idade. E eu acho que isso é a grande beleza do envelhecer. E eu acho que envelhecer é sobre isso. É não perder a curiosidade. Agora é engraçado porque a cabeça está a mil e o corpo vai... Então é assim, a cabeça quer correr a maratona o corpo quer assistir uma série do Netflix. E aí é essa... Amigo vamos fazer as pazes? É um desafio.
